🔵CSF e CTF
CSF: Orientação espacial / CTF: Perspectiva espacial
CSF e CTF, em conjunto, são habilidades críticas para estudantes mais velhos, especialmente na compreensão de conceitos espaciais na geometria, trigonometria e cálculo. De facto, estas duas habilidades são fundamentais para matemática avançada, é crucial observar as respostas nestes dois subtestes.

Tanto o CSF como o CTF são exercícios típicos de Jean Piaget (localização de corpos no espaço para internalizar a permanência) e são importantes para a compreensão espacial, que é fundamental para a matemática.
Estimulação e atividades recomendadas:
Brinquedos infantis para meninos e meninas.
Desportos corporais e espaciais, como o Tai-chi e karaté, a dança regional em grupo e a ginástica. As posturas internalizam os balanços geométricos, porque as posições adquiridas são transferidas para novos movimentos).
Montagem de modelos à escala.
Ballet (ajuda parcialmente).
Fazer nós.
Exercícios em computadores, onde se refazem figuras.
Palavras cruzadas com CSF e CTF.
Recomendamos aos estudantes com baixo nível em CSF e CTF que pratiquem desportos ao ar livre, com os seus irmãos ou pais.
Aos pais e professores, recomendamos que tenham mais paciência com os estudantes que manifestam dificuldades na gestáo da aritmética; os exercícios de aritmética não devem estar sujeitos a tempo regulado, pois isso causa ansiedade nos alunos.
Alguns dados da Escola de Medicina de Montreal indicam que as meninas não têm bem desenvolvido o hemisfério direito ou a inteligência espacial (figurativa); a inteligência figurativa ou espacial tende a proceder do hemisfério direito cerebral, nos meninos destros. Por essa razão, é necessário fomentar artificialmente nas meninas habilidades figurativas, através de exercícios com sequências figurativas. Observa-se repetidamente que as meninas têm níveis mais baixos nas áreas figurativas, ao contrário dos meninos. Para alunos do ensino fundamental, são recomendáveis centros de aprendizagem que desenvolvam habilidades específicas e materiais manipuláveis, tipo Montessori.
Assim, os subtestes CSF e CTF poderiam ser aplicados pelos professores no final do 2º Ciclo, para selecionar e posicionar os alunos em matemática. É possível que alguns alunos tenham boas notas em aritmética no 6º e 7º ano porque utilizam a sua boa memória, sem compreender realmente as ideias espaciais que fundamentam a matemática. Isso ocorre especialmente em meninas sobredotadas, mas não só.
Gostaríamos de pensar que meninos e meninas têm igualdade de habilidades, mas comprovamos que não é assim. Quando as meninas têm bons resultados em matemática, apesar da socialização e feminização que ocorrem nesses anos intermediários, geralmente é porque foram meninas que manusearam muitos materiais no jardim de infância e no primeiro ano; são meninas que têm pais ou professores pacientes e/ou boas relações com o pai. Também se pode dever ao facto de terem praticado desportos ao ar livre, terem colaborado em reparos domésticos ou em trabalhos manuais ou terem recebido orientação paciente dos seus pais (sexo masculino).
Os pais que ajudam os seus filhos em matemática, que os conhecem bem e são pacientes, proporcionam uma grande ajuda aos seus filhos. Se as meninas chegarem ao terceiro ciclo antes de passar pelo período de socialização e feminização, provavelmente manterão as suas habilidades de mecanização matemática. Além disso, os professores devem proteger esse interesse, evitando que os colegas ridicularizem ou rejeitem as inclinações matemáticas destas colegas.
O que queremos garantir a longo prazo é que as meninas tenham habilidades produtivas quando saírem do ensino básico, seja dentro ou fora da universidade e nas suas carreiras profissionais, considerando que os trabalhos do futuro não serão predominantemente verbais ou semânticos, como o ensino, trabalho de secretariado ou pessoal, mas estarão dentro da área tecnológica e exigirão habilidades de conteúdo Figurativo e Simbólico. Temos que proteger, hoje, as meninas nesse aspeto. Temos que ensinar Desenho Técnico a todos os nossos alunos do 5º e 6º ano. Encontramos, ainda hoje, poucas mulheres em engenharia, arquitetura, ciências exatas, aeronáutica, medicina e computação.
Quando não conseguirem usar a mecanização da sua memória e não tiverem desenvolvido habilidades Figurativas, perceberão que não entendem os conceitos que fundamentam a matemática. Assim, vão excluir-se prematuramente da escola, e isso fechará as portas a muitas carreiras. A reflexão anterior aplica-se aos meninos, que cada vez mais tendem a ser sedentários e a ter experiências sintéticas, que os privam de uma maior atividade intelectual e espacial. Os professores do ensino básico deveriam focar a necessidade de adicionar materiais espaciais ou programas, e que esses são decisivos na sociedade técnica atual.
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