Provas cognitivas: Para quê uma contagem decrescente de tempo por item?
Atualizado
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Algumas das nossas provas, como a EDINT, Atiendo e Memory, têm um tempo limitado por item, que é mostrado no ecrá, com uma contagem decrescente de tempo.
Estas são provas coletivas, padronizadas com um tempo total de aplicação, e construídas com base na Teoria Clássica (TC) - como quase todas as provas que podemos encontrar atualmente no mercado -, pelo que é necessário definir um tempo por item. Esta é uma das vantagens oferecidas pelas provas digitalizadas: as provas em papel coletivas têm apenas uma limitação total de tempo, não se podendo controlar a limitação de tempo por item. Isto permite que as crianças mais lentas a responder não se atrasem desnecessariamente na prova, o que inibiria que lhes fossem apresentados os restantes elementos da prova.
Controlar o tempo a nível de item tem vantagens, embora não favoreça a totalidade dos alunos, favorece a medição da característica. Assim, permite que todos os avaliados têm a oportunidade de passar pelo maior número possível de itens/elementos.
Neste sentido, é fundamental que este tempo por elemento seja visível para o respondente, pois aumenta a consciência e a sensação de controlo sobre o que está a acontecer. Embora alguns alunos possam sentir alguma pressão, ganha-se conhecimento sobre o tempo disponível. Desta forma, é possível saber por que razão o item a que se estava a responder desaparece, bem como obter informações que promovem a autorregulação na execução da prova.
Nestas condições, a prova foi validada e calibrada, sendo uma garantia relevante ao considerar os resultados obtidos. No entanto, para um diagnóstico clínico, como é habitual, recomenda-se avaliar através de mais de uma prova psicométrica.