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Ritmo de vida
Propondo as tendências pessoais como polos de enfoque da vida, comportamentos ou atitudes que assumimos perante diferentes estímulos.
Nenhuma tendência é negativa ou positiva em si mesma, mas adquire seu valor pelo equilíbrio entre a força das qualidades e a diminuição das deficiências. O trabalho educativo consiste em ensinar as crianças ou adolescentes a aproveitarem os pontos fortes das suas tendências e limitarem as áreas negativas.
O ritmo de vida refere-se ao tempo investido entre a perceção de um estímulo e a resposta que damos. Na cultura atual, valoriza-se exageradamente a rapidez e equipara-se com eficácia; no entanto, a lentidão de resposta está muito relacionada com a reflexão e a moderação para reunir a informação necessária e processá-la com maior consciência das causas e efeitos. O ritmo de vida é normalmente condicionado pela genética (nascemos rápidos ou lentos nas nossas reações) embora seja possível modificar o ritmo com trabalho sistemático.
Emotividade
Este fator refere-se à resposta emocional interna perante um estímulo externo; tem componentes genéticos (intensidade pessoal, temperamento, características neurológicas) que formam o ponto de partida para a educação do carácter.
Muitos problemas sociais têm a sua origem numa emotividade descontrolada e caótica. No outro extremo, uma emotividade fraca ou diminuída gera apatia, falta de motivação e afastamento social.
A emotividade segue certos padrões no seu funcionamento que dependem basicamente de:
Emoções repetitivas que se formaram por ciclos reforçados; por exemplo, uma pessoa que responde com medo perante situações novas, tende a produzir esta emoção em todas as condições semelhantes e forma assim um padrão de resposta que se reforça com a repetição. O funcionamento desses processos ocorre sobretudo por respostas das emoções derivadas da fraqueza: medo, raiva, especialmente. Esses estereótipos são os que qualificam popularmente “a forma de ser” das pessoas: “É uma pessoa tranquila; irrita-se por tudo; é muito alegre...”.
Emoções aprendidas que se fixam pelo ensino e apoio dos adultos; normalmente são respostas aprendidas perante situações críticas: energia, coragem.
Ambiente cultural: apreciam-se diferenças notáveis entre os povos do Norte e do Sul, condições urbanas ou rurais, nativos ou migrantes.
Frequentemente, pretende-se atribuir à emotividade um valor inalterável, quase fatídico; no entanto, a emotividade é um terreno sujeito a cultivo educativo. Pela sua importância na vida diária, deve ser considerada como um dos polos de atenção educativa.
Enfoque intelectual
A personalidade tem no enfoque intelectual outro fator predominante. O que um ser humano pensa, traduz-se posteriormente em uma emoção para terminar em uma conduta consciente ou inconsciente. A origem do enfoque intelectual é genética e assenta-se posteriormente pela estimulação acadêmica, tanto familiar quanto escolar. Este fator funciona como um filtro para perceber a realidade; a gama de captação vai desde uma apreciação realista, concreta, onde os dados tangíveis adquirem maior peso e contundência na tomada de decisões, até o enfoque idealista, abstrato, que valoriza mais a reflexão e o mundo das ideias.
Os padrões de pensamento e os sistemas de crenças têm sua origem no enfoque intelectual: a lógica consciente ou inconsciente com a qual tomamos decisões na vida, a natureza da vida social, a percepção de si mesmo, depende da forma como estruturamos o pensamento.
Na área acadêmica, a preferência ou rejeição a uma disciplina ou carreira profissional está fortemente condicionada pelo enfoque intelectual dominante. Igualmente, a eficácia em uma metodologia de estudo ou trabalho depende de uma visão intelectual concreta ou abstrata.
Tendência social
Assim como nos outros fatores das tendências pessoais, não existe um juízo de valor sobre os polos da tendência social, mas uma preferência, uma inclinação, que sempre requer educação e equilíbrio para obter os melhores resultados na vida. Os polos da tendência social são: individualista ou coletivo. Este fator influencia de maneira determinante a eficácia da aprendizagem. Há alunos que aprendem melhor sozinhos do que em grupo; em contrapartida, outras pessoas adquirem maiores habilidades ao interagir com colegas. A priori, não existe uma vantagem competitiva em qualquer um destes polos de preferência social.
Para um professor, é importante conhecer cada um dos seus alunos para propor o melhor ambiente e estratégia de aprendizagem. Independentemente da escolha marcada da tendência social, é conveniente desenvolver ambos os estilos a fim de ter um menu variado e versátil de meios para a aprendizagem. Quanto mais se intensifica ou se torna rígido um polo, empobrece as possibilidades de eficácia em situações onde não é possível a escolha.
Versão
A personalidade humana tem impulsos para expressar sua riqueza, assim como uma orientação de sua energia psíquica, seja na apresentação de ideias, emoções ou condutas. A essa orientação chamamos versão.
Como nos fatores anteriores, a versão oscila entre dois polos opostos que geram o dinamismo pessoal e que se manifesta na sua esfera interna ou externa; dessa forma, utilizamos os conceitos de introversão ou extroversão para explicar esta área das tendências pessoais.
A introversão canaliza pensamentos, sentimentos e impulsos para o mundo interior, gera-os e processa-os na intimidade e no silêncio, por isso sua riqueza reflexiva e sua capacidade de meditação são altas; considera que esse mundo interior não pode ser compartilhado e que se distorce ao manifestá-lo. Frequentemente, nem se percebem sinais ou mensagens não-verbais, por isso parece que não há dinâmica emocional, mas existe um enorme movimento interior. O sinal mais evidente dessa versão é o silêncio e o isolamento dos grupos sociais, sobretudo quando estes são ruidosos ou intensos em suas manifestações.
A introversão gera atitudes de prudência, distância, respeito às hierarquias; guarda zelosamente os segredos e as confidências; sabe ouvir com atenção, embora não dê muito feedback; a capacidade de reflexão é alta e tende a ruminar seus pensamentos e emoções, por isso aprofunda neles e matiza com muita riqueza suas produções interiores. Para o exterior, é moderado, lacônico, sem intensidade, discreto em suas palavras, movimentos e gostos. Utiliza vocabulário conceptual, abstrato e essencial; seus julgamentos são ponderados, evita os preconceitos e a expressão espontânea de ideias e emoções.
A extroversão, por outro lado, tem na manifestação externa o cenário comum de seus processos de pensamento, emotividade e condutas; não retém quase nada para si, mas a comunicação é frequentemente o meio de produzir ideias e emoções. Sobretudo se for de ritmo rápido, esse estilo é impulsivo, indiscreto e loquaz, por isso perde profundidade em suas ideias e em sua forma de trabalho. A espontaneidade e o vocabulário florido, às vezes vulgar, o volume alto de voz e a rapidez são características de seu padrão de linguagem.
A extroversão manifesta-se na espontaneidade, na proximidade social; busca a igualdade de posições e não guarda distância ao tratar com os outros; seu senso de humor é versátil; improvisa e adapta-se rapidamente às situações sociais; essas características promovem sucesso social. Tem muitos amigos e facilmente estabelece relações com os outros, sendo ele quem inicia normalmente as transações. Não gosta da solidão nem das atividades com resultados a longo prazo que dependam de sossego ou reflexão
Autonomia
O traço de autonomia refere-se à capacidade para aprender ou trabalhar baseando-se em critérios próprios, individuais ou, por outro lado, à tendência para seguir normas e convenções sociais, sobretudo baseadas em um princípio de autoridade. Em um polo, encontra-se a autossuficiência, que é a inclinação natural para agir por iniciativa própria, com tempos e ritmos pessoais, sobre as condições propostas por outras pessoas. Desde a infância, nota-se a independência com a qual agem e decidem, ignorando muitas vezes ordens ou procedimentos estabelecidos. Esta característica gera problemas de obediência e quanto mais se pretende uma submissão, maior é a insurreição.
Consideram que a negociação é prioritária quando as ideias provêm de outra pessoa. A vitalidade e energia costumam ser intensas e, por essa razão, surgem conflitos interpessoais frequentes.
O fator de autonomia tem uma função importante no tipo de liderança que se gera: o derivado da dependência é colegiado, compartilha opiniões, ouve a maioria. Normalmente, busca o consenso e a aprovação por maiorias. A liderança proveniente da autonomia é autocrática, dominante e firme. Se no grupo existem outras pessoas do seu estilo, surgem confrontos frequentes pelo choque de personalidades.
No polo oposto está a dependência, que valoriza uma estrutura clara e definida de funções e organograma de operacionalidade. A iniciativa e a criatividade não são características dominantes, mas sim a atitude expectante e de obediência às instruções, costumes e procedimentos estabelecidos. Tem respeito pelas hierarquias e seu equilíbrio emocional depende do ambiente que o rodeia, criado pelas pessoas relevantes.
No aspecto intelectual, considera as opiniões e julgamentos de pessoas a quem atribui valor antes de formar seu critério ou tomar uma decisão. Sabe ouvir os outros e não discute se houver diferença de opinião.
Coeficiente de adversidade
Ao contrário de outros fatores das tendências pessoais que têm uma conotação neutra, este é um ingrediente necessário na educação das pessoas. O sucesso na vida está em grande parte determinado pelo coeficiente de adversidade: como uma pessoa enfrenta os problemas e supera os contratempos; prediz a efetividade: motivação, criatividade, produtividade, aprendizagem, energia, esperança, vitalidade, persistência, resposta à mudança.
Este coeficiente faz parte do preditor global de sucesso, porque inclui, como resultado total:
Os pensamentos escolhidos para interpretar os fatos adversos que enfrentamos de forma mais útil para a felicidade individual e social.
As emoções que gerenciamos para responder equilibradamente aos estímulos difíceis da vida.
As aspirações e o talento que sustentam as motivações mais profundas, quando estas são testadas.
Desde muito cedo, o ser humano inicia a formação deste sistema defensivo diante dos problemas da vida, que não são previsíveis nem podem ser evitados. A qualidade do enfrentamento ou da recuperação estrutura a resiliência: capacidade para cicatrizar as feridas da alma, para resistir ao sofrimento ou para não ser afetado de maneira negativa e permanente pelas condições hostis na existência.
Na primeira infância, o coeficiente de adversidade depende basicamente dos pais, especialmente da mãe, que proporciona à criança a aquisição dos recursos internos que impregnam o caráter (formas de reação diante das agressões da existência); igualmente dá ao infante a possibilidade de regressar aos lugares onde se encontram os afetos, convertendo-se em guia de resiliência.
Posteriormente, a escola e a sociedade são fatores que influenciam determinantemente na elevação do coeficiente de adversidade mediante a exposição gradual a dificuldades e frustrações que fortalecem o sistema defensivo interior. A superproteção que muitos pais exercem enfraquece gradual mas inexoravelmente o coeficiente de adversidade e deixa a pessoa sem recursos para enfrentar as dificuldades ou problemas.
As decisões estão regidas por dois princípios, frequentemente opostos: o princípio do prazer, que responde apenas às perguntas: “gosto” ou “não gosto”. Quando este princípio regula a conduta, a tolerância ao esforço e à frustração terá um nível baixo. O outro princípio é o da realidade, que responde às perguntas: “é conveniente?” ou “é necessário?” As pessoas reguladas por este princípio desenvolvem um caráter temperado e resistente às dificuldades.
Não existem formas vicárias ou simuladas para aprender a enfrentar a frustração: é indispensável permitir que as dificuldades e problemas próprios de cada idade sejam resolvidos pela criança ou adolescente; é o acompanhamento e o diálogo dos adultos que permite a mediação adequada para que a experiência dolorosa se converta em aprendizado positivo e em um incremento do coeficiente de adversidade.
A sociedade contribui para este coeficiente mediante a autoestima coletiva, a identidade cultural, o humor social e a honestidade do governo do próprio país.
A assertividade
A assertividade é a quantidade de energia psíquica que aplicamos para controlar as situações ou as pessoas; esta característica é fundamental para marcar a diferença entre a hostilidade e a submissão, característica que afeta, sobretudo, as relações sociais, a integração aos grupos e a intensidade para enfrentar os conflitos. Dado que as diferenças pessoais entram em jogo constante, é necessário conhecer os mecanismos comportamentais que condicionam a possibilidade de assumir o controle da própria vida sem ser manipulado ou sem manipular os outros. Esta característica também influencia a forma como uma pessoa se relaciona com o meio ambiente: influências dos grupos de colegas, meios de comunicação de massa, tendências sociais, reações perante a liderança.
A capacidade para negociar faz parte essencial da assertividade, pois intervém a flexibilidade para obter os próprios objetivos respeitando os direitos e necessidades da outra pessoa, expressando os sentimentos e cuidando da sensibilidade dos outros. Este equilíbrio entre o respeito a si mesmo e aos semelhantes leva a estabelecer o contexto adequado para a negociação, onde o princípio de “eu ganho-tu ganhas” é a base da equidade. Se este princípio for alterado e alguém perde, inicia-se o segundo ato para ajustar contas pendentes, o que gera uma espiral negativa interminável. A neurose encontra nestas condições o terreno propício para crescer e contaminar a vida das pessoas.
“A aceitação e uso adequado da própria força psicológica também afeta o sentido de autoestima e do próprio sistema de crenças. As pessoas que se consideram inferiores agem com submissão e julgam impossível a expressão de algumas emoções, chegando, inclusive, a cancelá-las; inclinam-se com humilhação perante os desejos dos outros e encerram os próprios em seu interior; como não aceitam controlar sua própria vida, sentem-se cada vez mais inseguras e aceitam, além disso, esse estado de insegurança.” (“Não diga sim quando quer dizer não”. H. Fensterheim)
Uma pessoa com a assertividade bem calibrada comunica clara e firmemente os seus desejos ou necessidades e está preparada para reforçar as suas palavras com as ações apropriadas. Maximiza o seu potencial e utiliza-o para conseguir que os seus pedidos sejam atendidos, sem violar os interesses dos outros.
Quando a assertividade sai de controle e exagera a sua intervenção, gera a hostilidade, que é uma degeneração contaminada pela ira e pela vingança; esta mistura gera uma série de comportamentos de marcada intensidade:
Utilização de violência verbal: gritos, ameaças, insultos, generalizações indevidas.
Manipulação: em casos de tensão, emprega o medo em todas as suas formas como um meio para controlar as pessoas.
Severidade no emprego da autoridade: imposição irracional de critérios, decisões ofensivas para os outros, estabelecimento unilateral de tempos e metas.
A parte negativa oposta à hostilidade é a submissão ou passividade diante dos estímulos do meio ambiente: a pessoa submissa assume condições irracionais e contrárias à sua convicção ou dignidade, não pede o que necessita ou merece, não aceita o seu valor pessoal, considera-se um receptáculo natural de maus-tratos ou abusos. As manifestações mais comuns deste polo negativo da assertividade são:
Tendência à humilhação e à negação dos próprios talentos e necessidades; não pede, só aceita; não oferece, só espera.
Aceitação do abuso e silêncio diante da irrupção desconsiderada de outras pessoas.
Timidez, insegurança, medo que cerceia as suas capacidades.
Ira contra si próprio por não enfrentar proativamente as situações da vida.
Na sua fase terminal, a assertividade descontrolada costuma estar na base do bullying entre as crianças e adolescentes: a tendência passiva ou submissa convida o agressor e expõe a sua fragilidade com sinais manifestos de vulnerabilidade; em contrapartida, o agressor busca a personalidade frágil e indefesa para dar vazão à sua emotividade distorcida e à sua insegurança reativa.
Ambiente interior
Um dos fatores que afetam marcadamente os comportamentos e a aprendizagem é o ambiente interior: o nível de relaxamento ou tensão com que se vive influencia o enfoque dos problemas ou o tratamento com outras pessoas; o nível de atenção e aprendizagem é modificado conforme o ambiente interior; a própria saúde física é o resultado deste fator pessoal que contém elementos genéticos, familiares, culturais e ambientais.
Certamente, a calibração do ambiente interior é uma aprendizagem fundamental que incide na utilização adequada do tempo e energia para resolver problemas ou dificuldades.
Os polos do ambiente interior são a relaxação e a tensão: para ter eficácia em todas as atividades, o ser humano precisa investir tempo e energia com intensidade suficiente para obter os resultados esperados no menor tempo possível e com pouca utilização de energia; em última análise, a vida é regida por este princípio de economia existencial.
A tensão criativa é a reação necessária para alcançar metas e objetivos: é como a corda de um violino que precisa estar na tensão precisa para dar a nota; se tem mais tensão, quebra e se tem pouca tensão, desafina. Esta metáfora ilustra o conceito do ambiente interior. Qualquer um dos polos gera um problema e só o equilíbrio (dosagem e oportunidade) entre eles é a origem da eficácia. O nível de motivação deriva da tensão criativa, sobretudo a motivação intrínseca que nasce da própria atividade ou da paixão que se projeta por uma meta ou por um objetivo, independentemente das gratificações derivadas de uma ação ou comportamento.
O polo da tensão caracteriza-se por uma utilização exagerada de energia na solução de um problema; esta reação é conhecida como stress. Hans Selye foi um pioneiro no estudo destes comportamentos e batizou-o como distress. Quando respondemos aos estímulos com stress, o corpo também se envolve com mudanças no ritmo cardíaco, a respiração torna-se agitada e entrecortada, secreta-se maiores quantidades de adrenalina para atender a um estímulo agigantado pela mente; nessas condições, o sono e o apetite são alterados; praticamente todo o equipamento psíquico e físico se conjuga para gerar um estado de alerta que obriga a utilizar as reservas de energia. A derivação natural é um desgaste que se traduz em cansaço psicológico e físico.
A relaxação, por outro lado, é o ambiente interior que propicia objetividade e calma diante da dificuldade, do desafio ou da ambiguidade para utilizar a energia e o tempo mínimos e obter os melhores resultados.
Um alto nível de relaxação pode levar a uma falta de resposta aos estímulos exteriores; esta passividade é o fruto de um cancelamento emocional que paralisa os recursos pessoais e bloqueia as opções de solução. Em condições de medo ou perigo extremo, as pessoas experimentam uma negação da realidade como forma de defesa para não cair em condições avassaladoras; pode até chegar ao cancelamento da resposta e cair no sono ou evadir-se da realidade.
O nível de motivação é baixo e reage com um ritmo lento às exigências e palavras dos outros.
As mensagens não-verbais da relaxação são de baixo nível, desconcertando os outros porque o seu rosto não reflete resposta (cara de jogador de pôquer) e, se o faz, é lenta e escassa.
Por detrás das respostas de stress ou relaxação estão os sistemas de crenças referentes ao próprio poder, à interpretação das experiências de sucesso ou fracasso, às expectativas das figuras de autoridade e à importância que se dá à situação específica que se enfrenta.
Conclusão
O ser humano é complexo na sua estrutura e, por esta razão, reúne ao mesmo tempo características aparentemente opostas; da complexidade resulta a dificuldade para entender muitos comportamentos que saem de uma lógica linear. Além disso, esta natureza está em evolução e mudança constante, o que obriga a estar permanentemente atentos aos sinais emitidos para agir em consequência.
Para todo educador, a compreensão afetuosa dos mecanismos comportamentais é uma base sólida para a intervenção oportuna; este tem sido o objetivo plasmado nesta ferramenta pedagógica.
Perfeccionismo
O perfeccionismo refere-se a um traço de personalidade caracterizado por uma elevada exigência do próprio indivíduo ao realizar as suas tarefas, impondo a si mesmo níveis de desempenho excessivamente elevados. Manifestar uma tendência ao perfeccionismo não é, por si só, nem bom nem mau; é importante analisá-lo sob a perspectiva de quão adaptativo é esse comportamento na sua vida diária. Disto dependerá em que situações ele o manifesta, a intensidade, a frequência e as consequências que acarreta.
Escala de sinceridade
Esta escala permite medir o nível de sinceridade do estudante nas suas respostas. Foram incluídas no questionário perguntas com o objetivo de detectar a coerência e consistência das respostas emitidas. Um índice baixo de sinceridade nem sempre se deve a uma tentativa consciente de apresentar uma imagem diferente da real; também pode surgir devido a um estilo de resposta impulsivo, falta de compreensão das perguntas, dificuldade de introspeção ou escasso autoconhecimento.
Para complementar a interpretação deste indicador, recomenda-se verificar o tempo despendido para responder ao questionário, bem como o padrão de respostas, ou seja, se o estudante escolhe sempre a mesma opção.