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A avaliação desta habilidade é fundamental, já que na escola a informação que os alunos aprendem chega através dos olhos, portanto, é muito necessário verificar que a este nível não haja dificuldade que possa provocar problemas na aprendizagem.
Esta prova realiza-se com os dois olhos ao mesmo tempo, ou seja, o que se avalia é a acuidade visual binocular.
A acuidade visual é a capacidade que o olho tem para ver os detalhes de um objeto. Neste screening a distância avaliada é de perto.
Quando uma criança não vê perfeitamente, indica a necessidade de graduar para prescrever óculos.
Os sintomas de uma má acuidade visual são:
Não ver bem o que está no quadro.
Não ver bem as letras ou números num livro.
Franzir o sobrolho para ver melhor.
Lacrimejar, comichão e ardor nos olhos ao final do dia.
Aproximar-se muito do texto.
Adotar más posturas para escrever.
Neste nível recomenda-se ir ao especialista assim que apareçam alguns destes sintomas. Em qualquer caso, é interessante que seja realizada uma avaliação anual para prevenir dificuldades que possam causar problemas na aquisição das aprendizagens.
A habilidade de seguimento visual consiste na capacidade que o nosso olho tem para seguir um objeto em movimento. É imprescindível para as tarefas académicas, pois os alunos precisam dirigir os olhos de forma rápida e precisa ao trabalho que estão a realizar.
Esta prova foi avaliada de tal forma que o aluno deve seguir um objeto ao longo do ecrã e, além do movimento do olho, é necessário que preste atenção às modificações que lhe serão propostas.
Erros nesta prova indicariam que o aluno apresenta dificuldades em manter um seguimento, muito relacionadas com a atenção visual. Mas nunca evidenciarão casos de estrabismo, os quais devem ser diagnosticados e tratados por um médico oftalmologista.
Para realizar uma boa leitura são necessárias duas coisas:
Os movimentos sacádicos: são "saltos" que o olho dá para se deslocar de um ponto a outro. No caso da leitura, seria para ir deslocando o olhar ao longo de uma linha ou para passar para a linha seguinte.
A fixação: ocorre quando os olhos param e é o momento em que entra a informação.
Portanto, é evidente que os seguimentos oculares permitem ao estudante que os olhos trabalhem em conjunto ao longo de uma linha de letras impressas num livro, que voltem de forma rápida e precisa à linha seguinte e que possam realizar mudanças rápidas do caderno para o quadro.
Por isso, esta é uma habilidade muito importante a ter em conta durante todo o desenvolvimento da leitura da criança. Nas primeiras etapas para evitar que seja mais difícil a aprendizagem e em cursos superiores para não cometer erros.
Sintomas de um mau movimento ocular:
Mover a cabeça ao ler
Saltar linhas ao ler
Usar o dedo para seguir a leitura
Má compreensão da leitura
Não gostar de ler
Leitor lento
Regressões (reler o mesmo)
Substituições ou omissões de letras ou palavras
Fadiga
A visão binocular ocorre quando os olhos são usados de maneira conjunta. Vemos uma única imagem, apesar de cada olho estar "posicionado" em cima de um objeto diferente.
A visão binocular ocorre em três situações:
Quando os olhos se movem na mesma direção.
Quando os olhos se movem em direções opostas. Este é o caso dos movimentos de divergência (para fora) e convergência (para dentro).
Quando temos duas imagens, tiradas de diferentes posições, o nosso cérebro é capaz de dotar essa imagem de profundidade, dando-nos a sensação de uma imagem em três dimensões.
Portanto, fica evidente a importância desta habilidade, que é necessária para uma correta convergência, divergência e visão em profundidade. É importante ter em conta que a visão binocular se desenvolve ao longo do primeiro ano de vida. Se, por algum motivo, não se desenvolve, nunca o fará.
As causas de uma má visão binocular:
Não usar a prescrição ótica correta.
Usar uma correção ótica incorreta.
Estrabismo (se foi operado após o primeiro ano de vida).
A sintomatologia de uma má visão binocular:
Desconforto ao ler ou escrever.
Visão dupla de longe ou de perto.
Piscar ou cobrir um olho.
Antes de realizar uma terapia visual para trabalhar essa habilidade, é necessária a revisão por parte do especialista.
Os exercícios propostos para trabalhar isso são aqueles que aparecem na habilidade de convergência, divergência e movimentos de seguimento.
Como já indicamos, temos visão binocular quando as imagens provenientes de ambos os olhos se fundem em uma só. A convergência é o movimento que os olhos fazem de maneira coordenada para se situarem num ponto de vista próximo, mantendo a fusão das imagens. Em outras palavras, é a capacidade de juntar os olhos diante de um estímulo cada vez mais próximo.
Uma criança que não apresente problemas nesta habilidade pode seguir um objeto que se aproxima do nariz com ambos os olhos ao mesmo tempo, mantendo uma única imagem.
As tarefas de leitura e escrita na sala de aula exigem uma grande demanda da capacidade de convergência. Por isso, é necessário que os dois olhos trabalhem juntos de maneira precisa e coordenada por períodos prolongados de tempo.
Uma convergência ineficaz pode causar:
Desconforto ao ler ou escrever
Visão dupla
Piscar ou cobrir um olho
Inclinar ou girar a cabeça ao focar a visão próxima
O rastreio é realizado com um óculos de cor vermelha para um olho e azul para o outro, de tal forma que cada olho vê uma imagem diferente que está sobreposta. Esta prova indica, não só que a criança é capaz de convergir, mas também que tem flexibilidade nesse movimento. Em caso de um relatório desfavorável, deve-se consultar um especialista, pois dificuldades a este nível podem sugerir que a criança esteja suprimindo um olho e, portanto, os dois olhos não estejam a trabalhar juntos.
Erros a este nível podem ser causados por:
Olho preguiçoso
Estrabismo
Fadiga na visão binocular
Dificuldades de foco
Dizemos que os nossos olhos realizam o movimento de divergência quando se movem de maneira conjunta e coordenada para se situarem num ponto de visão distante, mantendo uma única imagem. Este movimento é realizado pelos alunos quando passam de olhar o caderno para o quadro.
Uma divergência ineficaz pode causar:
Visão dupla ao longe
Comichão nos olhos ao olhar de longe
Dor de cabeça
O rastreio é realizado com um óculos de cor vermelha para um olho e azul para o outro, de tal forma que cada olho vê uma imagem diferente que está sobreposta. Esta prova indica, não só que a criança é capaz de divergir, mas também que tem flexibilidade nesse movimento. Em caso de um relatório desfavorável, deve-se consultar um especialista, pois dificuldades a este nível podem sugerir que a criança esteja suprimindo um olho e, portanto, os dois olhos não estejam a trabalhar juntos.
Erros a este nível podem ser causados por:
Olho preguiçoso
Estrabismo
Fadiga na visão binocular
A visão em profundidade ou estereopsia é a capacidade de perceber com exatidão a profundidade e o relevo dos objetos. Como já foi indicado, tem relação com a visão binocular, já que vemos duas imagens, cada uma com um olho, entre as quais há uma separação determinada que cria o efeito 3D. Esta habilidade nos ajuda a calcular a que distância se encontram os objetos de nós.
Hoje em dia, a importância de saber se os alunos têm ou não esta capacidade pode ser motivada pelo uso das novas tecnologias. Aparecem na nossa sociedade filmes, reportagens ou videojogos que podem ser vistos em três dimensões. Não ter esta habilidade não influencia a nossa vida, pois o nosso cérebro se adapta à situação.
As razões para não ter visão em profundidade:
Ter estrabismo ou alteração nos eixos visuais.
Não usar a correção ótica necessária.
Dificuldades na visão binocular.
Para tentar melhorar esta habilidade, pode-se, após uma avaliação aprofundada por um profissional, realizar os exercícios propostos nos relatórios de convergência e divergência.
A visão de cores é a capacidade que o nosso olho tem de discriminar a gama de cores.
No ambiente educativo, utilizam-se códigos de cores para ensinar aos alunos. É muito importante saber se existe alguma alteração, sobretudo nas primeiras etapas escolares.
O daltonismo é uma dificuldade na apreciação das cores: vermelho, verde ou azul. A sua incidência é muito baixa, embora estatisticamente seja mais comum nos homens do que nas mulheres. As dificuldades no vermelho ou verde são mais frequentes do que as dificuldades no azul.
Daltónico é o nome dado às pessoas com dificuldade na visão de cores, independentemente de qual seja a cor que não discriminam. De momento, não tem tratamento, mas não é uma doença grave; apenas será um condicionante ao querer dedicar-se a profissões específicas como transportista, piloto, condutor de transporte público, etc.
Na prova administrada, a tarefa do aluno é identificar o número ou desenho que aparece no ecrã. Esta prova apenas reflete as dificuldades no vermelho ou verde, já que são as mais comuns.
Para uma aprendizagem correta, é necessário apresentar um sistema ocular eficiente e coordenado.
Uma avaliação da visão dos nossos alunos é fundamental para evitar dificuldades na aquisição de conhecimentos.
Foram explicadas cada uma das áreas avaliadas e ficou claro qual é a sintomatologia que pode aparecer, além de serem propostas atividades para melhorar cada habilidade.
Devemos sempre ter presente que um rastreio nos ajuda a identificar dificuldades que já se tornaram patentes ou estão prestes a surgir. Portanto, é fundamental realizar uma avaliação por parte do óptico-optometrista em caso de um relatório desfavorável ou se observarmos alguma sintomatologia que nos faça suspeitar de um problema visual.